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Quem se separa de Cristo acaba em maus lençóis – alerta Dom Sumbelelo

Com a celebração do Domingo de Ramos entra-se para a semana maior do ano litúrgico, pois nela são celebrados os mistérios centrais da Fé Cristã: a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus.

E foi para a vivência intensa da Semana Santa que o Bispo da Diocese de Viana chamou a atenção dos fiéis co-diocesanos seus, durante a homilia.

Depois de ter olhado de forma breve para os textos das duas leituras que a liturgia ofereceu para a reflexão do dia, ateve-se à narração da Paixão de Jesus, pois como sublinhou, “é em si um convite a contemplação e a oração dirigida a um Deus que por amor entrou na nossa história, se fez homem, para nos salvar”.

Com o objectivo de ajudar as pessoas a olhar confiantes para esse amor e consequentemente se proporem a uma mudança de vida, Dom Emílio Sumbelelo realçou alguns aspectos:

O primeiro aspecto que sobressai é que “tudo o que se passa na Paixão de Jesus está previsto pelos profetas”, por essa razão, “na pessoa de Jesus se cumpre a promessa”. Ele é aquele escolhido por Deus, o Salvador prometido por Deus, para “salvar o homem do pecado e da morte e reconduzi-lo novamente à Casa do Pai”.

Um outro aspecto presente no texto é o da não-violência, e este está ligado ao corte feito ao criado do sumo-sacerdote durante os acontecimentos da prisão de Jesus. Esse acontecimento, mostra que a “missão de Jesus é de dar a vida pelo irmão e jamais em agredi-lo”.

Tendo diante dos olhos aquilo que se vive em Angola, Dom Emílio Sumbelelo recorda essa lição e reafirma: “não se pode matar o irmão e muito menos fazê-lo em nome de Deus. É contra-sentido. Não se pratica a violência em nome de Deus, este Deus que em Si mesmo é Amor, de um Deus Pai, e como diz Jesus, que faz com que o sol se levante sobre o justo e o pecador, faz cair a chuva sobre os justos e os injustos”.

Um outro aspecto que sobressai do texto é o aspecto universal que a salvação oferecida por Deus tem. Pode ser visto com clareza na figura e na exclamação do centurião romano no momento em que Jesus expira.

Para além dos factos históricos, segundo refere Dom Emílio Sumbelelo, “o evangelista quer chamar-nos a atenção do perigo de se repetir nos nossos tempos, na nossa época, o erro de negar Cristo e a Sua mensagem de salvação. De tirar Deus da vida e da história dos homens, da história dos nossos povos, relegando-o para o plano secundário”.

Em relação a essa situação precisa, foi deixado um alerta: “todo aquele que se separa de Cristo para seguir outros tantos messias terrenos, quem confia na violência, quem alimenta sonhos de tirania, acaba sempre, como diz o nosso povo, em maus lençóis, isto é, faz cair sobre si mesmo e sobre os seus filhos o sangue de muitos inocentes”.

A traição de Judas é um outro aspecto sublinhado durante a homilia do Domingo de Ramos. Apesar de amado por Cristo não hesitou em vender o seu mestre, aquele que o amara sem limites.

Olhando para esse facto e para o triste fim que Judas teve, segundo reza a história, chamou a atenção dos presentes para o seguinte: “Caríssimos irmãos e irmãs que juntos começamos esta Semana Santa, Judas é símbolo de todos aqueles que por um certo tempo seguem a Jesus com entusiasmo e quando se apercebem que Ele já não realiza os seus sonhos, as suas ambições, já não corresponde às sua expectativas, e aos seus sonhos de glória e a sua sede de poder, o abandonam. E não faltam aqueles que se revoltam contra Ele e contra a Sua Igreja, perseguindo o próprio Senhor presente nos seus ministros e nos Seus devotos cristãos.”

E para que os fiéis não pensem que ele – Judas – é uma figura distante e perdido na história, Dom Emílio Sumbelelo foi directo ao dizer: “Este Judas ainda está no meio de nós, nas nossas comunidades paroquiais, nas nossas capelas, nos nossos grupos, nos nossos movimentos, ainda está escondido este Judas”.

O Bispo da Diocese de Viana terminou a homilia do dia indicando dois sentimentos que devem a todos animar durante a Semana Santa até a Páscoa da Ressurreição.

O primeiro é “o sentimento de louvor, aquele sentimento que foi manifestado por aqueles homens, mulheres e crianças que em Jerusalém acolheram Jesus com o seu canto: Hossana ao Filho de David”.

O Segundo, que não é menos importante, é o sentimento de gratidão, “gratidão porque o Senhor Jesus renovará, mais uma vez o maior Dom que se possa imaginar. Dar-nos-á a Sua Vida, o Seu Corpo, o Seu Sangue e o Seu Amor. Ele se nos entrega para que todos nós tenhamos a salvação em Seu Nome”.

A Diocese de Viana vive agora a Semana Santa, animada pela celebração do Domingo de Ramos, já com os olhos postos na Missa Crismal, que acontece na manhã de Quinta-feira Santa, e no Tríduo Pascal.

Sammy de Jesus

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1 Comments

  1. Mendonça Pereira

    De facto, quem se separa de Cristo acaba em maus lençóis, pois nunca houve recompensa para aqueles que desistem de fazer o bem, desistem de praticar a justiça e só têm os olhos e mãos para o mal.

    Que Deus, pela sua infinita misericórdia, transforme os corações daqueles que se separaram e/ou que estão em via de separação de Cristo, para que nesta Semana Santa sejam tocados pelo Espírito Santo e consigam viver o Mistério da Fé Cristã, de modo especial, a Paixão, a Morte e a Ressurreição de Cristo, e com isso, possam se unirem à Cristo…
    Amém!

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