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Dom Sumbelelo: Vamos continuar a rezar todos os dias pela paz naquela região

O pedido do Santo Padre a cada Bispo, para que se juntasse a ele para o acto de Consagração da Rússia e da Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria, teve reposta afirmativa da parte de cada um deles.
No dia 25 de Março de 2022, dia em que a Igreja celebrou a Solenidade da Anunciação do Senhor, na catedral da Diocese de Viana, o Bispo da Diocese, às 17.00 horas ajoelhou-se diante da imagem da virgem, para recitar a oração de Consagração.
Fiéis ali reunidos, acompanhavam com atenção e silêncio, em atitude de recolhimento. Olhos suplicantes de filhos, postos nos olhos da Virgem, Mãe, Senhora da Paz.
Depois do acto de consagração, tal como antes dele, entoaram-se cânticos.
Durante a homilia da missa que se seguiu, Dom Emílio Sumbelelo fez referência a esse momento. “Meus irmãos e minhas irmãs, começamos a nossa celebração com o acto da Consagração ao Coração Imaculado de Maria da duas nações, da Rússia e da Ucrânia”.
O Bispo da Diocese de Viana que acompanha a situação de guerra na Ucrânia, reconhece, “estamos a chegar a um ponto sem retorno”. A seguir acrescenta: “os entendidos em geopolítica dizem que o ponto sem retorno é aquela situação que já não se pode voltar atrás”.
Os factos dos últimos dias indicam que se está a aproximar desse momento “em que se pode perder tudo”.
A situação “catastrófica” a que se assiste desde o início do conflito, com destruições a apontar para o imprevisível, Dom Emílio Sumbelelo fez um apelo a oração. “Como mulheres e homens de fé, sabemos que lá onde a inteligência humana já não pode, pode sim a intervenção divina, pode sim a mão de Deus”.
Depois de ter feito referência às duas grandes guerras e o resultado a que se chegou, com cada uma delas, mostrou-se temeroso em relação a uma terceira guerra mundial, olhando para o tipo de armamento que hoje se armazena.
“Sabemos todos nós que com a guerra se perde tudo”. Uma referência a experiência de guerra vivida em Angola e as consequências dela advinda.
Compreendendo a situação na qual vivem a Ucrânia e a Rússia, “vamos continuar a pedir todos os dias, a Deus, que nos dê a paz. Que dê a paz aquelas duas nações, a Rússia e a Ucrânia”.
Na Diocese de Viana, o acto de consagração foi feito em todas as Paróquias, Centros Pastorais, no Santuário da Muxima e em todas as Comunidades Religiosas. O convite havia sido feito em nota lida durante a missa que marcou o encerramento da Assembleia Sinodal Diocesana, no passado domingo.
O guerra na Ucrânia começou a 24 de fevereiro e até hoje já causou, entre a população civil, pelo menos 1.081 mortos, incluindo 93 crianças, e 1.707 feridos, entre os quais 120 são menores, e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, das quais 3,7 milhões foram para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

Sammy de Jesus

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