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Diocese do Kuito-Bié despediu-se de Dom José Nambi

Na manhã desta sexta-feira, 4 de Novembro de 2022, os Diocesanos do Kuito-Bié se juntaram para se despedir do seu Bispo, falecido a 31 de Outubro de 2022.

A Catedral da Diocese foi pequena para acolher a todos os que para ali se deslocaram. Idos de Dioceses e Arquidioceses vizinhas e não só, Sacerdotes, Religiosos e fiéis acorreram para o útimo adeus a Dom José Nambi.

A Celebração Eucaristica das Exéquias começou às 09.30 minutos, presidida por Dom Estanislau Marques Tchindecasse, Bispo da Diocese de Saurimo e Vice-Presidente da CEAST – Conferência Episcopal de Angola e São Tomé.

Concelebraram os Bispos da Conferência Episcopal, o Núncio Apostólico em Angola e São Tomé, Dom Giovanni Garspari, além de um grande número de Sacerdotes.

Dom Estanislau Marques Tchindecasse, agradeceu, durante a homilia, a Dom José Nambi nestes termos: “Obrigado, caro Dom Nambi, nosso irmão e companheiro no peregrinar desta terra em direcção à plenitude, junto do Senhor Ressuscitado, pelo teu exemplo de vida, pelo testemunho eloquente das Bem aventuranças, sim Bendito seja Deus que te enviou até nós. Tu eras tenaz sem ser rude, suave como a pomba, mas firme como a serpente. Tu que de forma única soubeste ser amigo das crianças, dos jovens, educador de sacerdotes, promotor de vocações tantos masculinas como femininas, semeaste, cuidaste e fizeste crescer as sementes do evangelho que foste lançando nesta terra, nesta Igreja e no mundo.” A seguir acrescentou: “Queira Deus, dador de coisas boas, saciar-te com a Sua Glória e dar-te a felicidade eterna”.

Com os olhos no Evangelho lido, o Presidente da Celebração, tendo em conta que dias antes havia estado com Dom José Nambi em dois eventos, incluindo a Assembleia da IMBISA – Encontro dos Bispos das Conferências da África Austral – “interrogamo-nos como Maria, irmã de Lázaro, pois nada fazia prever um desenlace desse género: ‘Senhor se Tu estivesses aqui, o nosso Bispo, o nosso Colega, não teria morrido’”.

Nessas palavras ditas por Marta e repetida por Dom Estanislau Marques Tchindecasse, ressoa a voz do coração humano e que ama, “a voz de uma irmã, como no Evangelho de hoje, a voz de uma pessoa que ama. Nós amamos o nosso Dom Nambi, por isso cá estamos”. “Nós choramos o nosso Bispo”.

Contudo, ao mesmo tempo que se chora, torna-se necessário “pensar na melhor forma de honrar” o Bispo que partiu para a eternidade. E “a melhor forma de honrar a memória deste nosso irmão é tê-lo presente nas nossa orações, tê-lo presente na promoção de todas as coisas boas, justas, edificantes e nobres e comoviam quando estava fisicamente presente no meio de nós”. Todas essas são “realidades que o foram consumindo paulatinamente, como uma vela que se vai consumindo como uma vela que se vai consumindo, desgastar até a morte, mas sempre fazendo algo pelos outros, dando luz, vida e sentido, amando”.

A hora era uma mistura de tristeza, dor e esperança. O rosto de todos os presentes deixava entrever essa realidade.
Toda a separação é dura e triste, no entanto o facto de ali e naquela hora estarem as Pessoas da Diocese do Kuito-Bié e aquelas idas de várias Dioceses “significa que não perdemos a esperança. Há alguém que ainda pode fazer algo pelo nosso irmão. A esperança que nos faz acreditar que acima de tudo a força do amor que permanece em nós. Uma esperança que nos assegura que tudo o que é amor, bondade, serviço, compreensão, por menor que seja não se perde, não pode ser perdido para sempre, porque Deus não quer que se perca. E todos nós aqui presentes somos capazes de fazer algo de bom na vida”.

Dom Estanislau Marques Tchindecasse, convidou os presentes a abraçar essa forma de viver, pois “quem assim vive, assegura-nos Jesus que não pode ser perdido, mas viverá para sempre. Está é a esperança e aconsolação que a fé nos dá neste momento”.

Dom José Nambi, faleceu aos 73 anos, no Hóspital Dr. Walter Strangway, vítima de doença.

Naquela última segunda-feira do mês de dedicado às missões, calava-se a voz de um homem que não se furtou a responder quando ouviu o chamado de Deus para continuar a anunciar o Evangelho de Cristo, primeiro na Diocese de Benguela, como Sacerdote, e depois na Diocese do Kuito-Bié, como Bispo.

Hoje, a Diocese a que serviu como Bispo por mais de vinte anos, dele se despediu com saudade e agradecida por tudo quanto fez por ela, em missa a celebrar na Catedral da Diocese.

Durante os mais de vinte anos em que esteve a frente da Diocese, visitou Paróquias, Missões, Centros Pastorais… Foi ao encontro do seu rebanho lá onde ele se encontrava. A pé, de carro ou cruzando rios, tudo fazia para ir encontrar o cristão que do seu Bispo precisava.

“Do Amor ao Sacrifício”, Viveu e encarnou a missão…

PAZ À SUA ALMA!!!

Sammy de Jesus

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